quinta-feira, 29 de setembro de 2016

tradução: a ella: sergio mondragón



para ela

És o monte mais alto que conheço
o abismo mais fundo
a umidade mais viva
a herança menos esperada

És o vislumbrado apenas
o que grita quando o mar desesperado
se joga sobre as rochas

És a rosa de carne
os botões de âmbar
as uvas na boca

És a verdadeira realidade
que toda a noite vela
junto ao distante e o albatroz

És o verbo ser na boca de poetas
o salmão reverberante que remonta a terra

    O teu cabe
no parapeito do universo
num rincão da minha testa
no fundo de meus bolsos rasgados...

trad: nuno g.

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