Sigo sonhando com venenos, rios e julgamentos. O mais antigo segue aceso e ainda me chama. Pétalas de sal e álcool destilado no caminho. Tudo é tão verde que muitas vezes cega. O sombrio me atrai por ser mais necessário que a luz - e só o necessário sobrevive. Existe uma força descomunal pulsando nos subterrâneos - apesar do terror que lhe é próprio sua existência nos mantêm despertos no labirinto. A forma é o último ao que se chega e as coisas que alcançamos ao chegar são da ordem do que realmente importa. Ou seja: do que é, por natureza e definição, imperceptível.
Lima, 18 de agosto de 2025.
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