sexta-feira, 11 de novembro de 2022

crônica cachoeirana.

Ignez e Santi não foram à escola.

Bernardinho todo um cavalheiro, como sempre.

Duas carteiras de camel, por favor.

E seu Ivo suspirando por uma espanhola de vinte anos atrás.

O fósforo, por gentileza.

E o taxista resmungando:

Deus é uma pessoa tão nobre que não se mete na vida de seu ninguém.

Léo sorrindo na ladeira.

Valentina sorrindo na casa de farinha.

Procurando o Come-e-Dorme com o olhar.

O cabelo todo arrumado.

O caminhão do lixo chega: 07:10.

A água da embasa nada.

As contas e ameaças de corte não atrasam.

É novembro: mês dos mortos e de Nossa Senhora D'Ajuda.

A charanga está afinada.

Os filhotes da Pina brincam na casa.

Larissa dorme.

Maria está a caminho da escola.

O cuscuz no vapor do fogo.

Escrever é destino.

Imensidão.


nuno g.

Toróró, 11/11/22

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