para Maria Assucena,
Hoje soube quanto viemos de longe.
Andávamos a cavalo num mundo muito distante daqui.
Havia um rio e em suas margens.
Hermenegildo, Alzira, Judite, Adélia e outros seres.
A sereiazinha de betelgeuse às águas.
Tua mãe me entregava já montado.
E cavalgávamos tempo adentro, sonho adentro.
Aquele rio se chamava poesia, aquelas várzeas recendiam à história.
Despertei segundo antes que o milho pregasse na panela.
nuno g.
Toróró, 01/11/24