Também foi dito que a mata não queima por ser úmida e que estamos à beira de sermos engolidos pela cristofobia.
Os guardiões escutam. Os da terra, os dos subterrâneos, os dos céus.
A insanidade beira o patético. O que eles querem nunca foi tão claro.
Têm apoio e avançam. Têm as armas e avançam. Têm a doença no coração e avançam.
Mas eles são mortais e passam antes de florescer.
Os índios e os caboclos bem sabem o que é um apocalipse.
Já viveram muitos e souberam guardar boas memórias.
Cristo, por supuesto, faz tempo se fez adepto à pajelança.
Há muito tempo, no livro das sete estrelas, foi assentado.
A insanidade, o patético e a enfermidade passam.
Os índios, os caboclos, as onças e as serpentes não.
As cidades do agronegócio já serão ruínas e se ajuntarão às ruínas de nossas chagas verticais.
Será um tempo longo, duro, difícil.
Mas ainda podemos aprender com as ciências indígenas os ensinamentos caboclos.
Ainda poderemos nos resguardar.
Eles sabem o que é um apocalipse e também sabem que sempre haverá quem guarde a mata das memórias e as clareiras do ser.
Não sabemos nada e sentimos que somos menos.
Que venham os guardiões e que nossa humildade os permita nos guiar.
Onças são para sempre.
Poesia também.
saravá!
nuno g.
saravá!
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