Sonhei que tomava uma cerveja.
Faz anos que não tomo cerveja.
Estava suficientemente gelada,
mas o que me agradava é que não havia homens com cabeças de formiga.
Nem mulheres com cabeças de formiga.
Havia somente um bar vazio e tranquilo.
Com as paredes antigas de bares antigos.
Silêncio, cumplicidade, calmaria.
A paz é sempre relativa.
Envelhecer exige sabedoria.
Minhas mãos saíram do magma em ebulição.
Areia nos meus olhos.
Ventos e sonhos antigos.
Uma simples cerveja gelada.
Sem nenhum olhar pousado sobre meu corpo.
Sem nada com cabeça de formiga transitando no espaço.
Isso era realmente o que mais me agradava.
Somente um antigo bar.
Vazio, tranquilo e distante.
nuno g.
Toróró, 03 de novembro de 22,
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