para Sergio Mondragón,
Cheio de flores.
Verdes, azuis e rosas.
* * *
Bernardo - gritaram Inês, Maria e Santiago.
No exato instante em que o sol nascia.
* * *
Enquanto buscávamos a forma animal de nossa alma.
Tempo brincava de esconder-revelar e semear.
* * *
A saia branca girou no terreiro.
Não era sonho - era futuro que já ocorreu.
* * *
Muita névoa.
Óleo vazando da caixa de marcha.
João perseguindo a própria liberdade.
* * *
Na floresta você é o jaguar.
E as onças criaram asas e seguiram seu voo.
* * *
Um Vento chamado Aracati percorreu nossas entranhas mais uma vez.
Sob o Machado, a luz áspera e o corpo sem corpo da salamandra do fogo.
* * *
Enquanto Tempo, em forma de Sussuarana, brincava.
Esconder-revelar, o palácio da Rainha da Floresta.
Suas flores semeadas e suas fogueiras sempre acesas.
* * *
No céu azul da floresta, o Gavião.
E no chão, a Serpente.
Com suas plumas de mil cores.
Entrançada à saia branca.
* * *
Aracati, o Vento - arrastou ao sal o que já não servia mais.
nuno g.
Toróró, 21, setembro, 22.
Nenhum comentário:
Postar um comentário