ou
a coruja branca, a muralha da cidade e o feiticeiro
amordaçado
ou
a ilha, o náufrago, as margens de uma estranha oração
ou
meus passos, suas memórias e uma antiga devoção à escuridão
ou
pés peregrinos & joelhos sangrando de tanto chão
ou
teus lábios ressuscitando minha pele
tua fenda despertando meus olhos
teus brincos de prata derretendo sobre minhas mãos
sobre o punhado de areia & solidão
no teu sorriso a lua de minha sede
e o horizonte incerto, contrito
em profunda meditação
uma tigela de arroz integral
e uma canção que diz
ano passado eu morri
mas esse ano eu não morro...
nuno g.
Salve Belchior! Salve os novos ares que sopram em 2016....
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