à margem esquerda da estrada
atrás, muito atrás, do brejo onde as garças pousam
o arco-íris se apresentou
e conversamos sobre todas as cores
uma suave distração
e obrigamos um caminhão verde a frear na subida
um cafezinho e entramos na cidade antiga
notícias do fascismo, bolo de milho, saudades
animais domésticos e uma bela noite
no outro dia a chuva
notícias de uma despedida
e as luzes de alerta sanitário piscando no céu
à margem esquerda da estrada
atrás, muito atrás, do horizonte que nossos olhos alcançam
pulsa uma força imensa que não sabemos nomear
nuno g.
Toróró, 11 de julho de 22,
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