para Gabriela Gonçalves,
A poesia
reescreve o trauma
na órbita do corpo
As velas
reacendem o trauma
na órbita do túmulo
A cidade tenta apagar o inapagável
A família tenta esquecer o inesquecível
O vento é um caboclo
E seu hino é feito de sílabas de areia
A calçada
reinstala o território inabitável:
Amanhã é o único nome para descrever o passado.
nuno g.
foda, Nuno...
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